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Como o Pilates pode auxiliar praticantes de escalada

Como o Pilates pode auxiliar praticantes de escalada - Parte 1

Você já parou para pensar que o Pilates pode auxiliar praticantes de escalada?

Hoje vou falar um pouco sobre uma paixão minha, a escalada. Não vou me ater a nenhuma modalidade específica. Quero só falar um pouco sobre as demandas físicas e biomecânicas desse esporte, que pessoalmente, acho fascinante.

Hoje abordarei o tronco e membros inferiores.

Se você parar para assistir qualquer escalador profissional, perceberá o quão forte esses caras são pelo core. A escalada é um esporte que envolve muita força e flexibilidade por essa região. Ao mesmo tempo em que o praticante tem que se esticar ao máximo para alcançar um apoio mais longe, ele também precisa ter força para se puxar até aquele apoio e, para fazer isso, ele usa muito a força do tronco, flexionando-o junto com os braços para trazer os membros inferiores até o apoio.

Isso pode acabar causando certo desequilíbrio muscular entre a parte anterior e posterior do tronco, fazendo com que este se curve para frente, aumentando bastante a sua cifose. Portanto, devemos, além de fortalecer a parte anterior do tronco, promover um equilíbrio um pouco melhor, fortalecendo os eretores da coluna.

Outro fator agravante para a causa da cifose nos escaladores são os ombros rodados para frente, mas semana que vem falaremos um pouco mais sobre os cuidados e como trabalhar os membros superiores. O tronco também deve ser capaz de trabalhar e exercer força por toda a sua amplitude. Inicialmente, movimentos de rotação, flexão, extensão e flexão lateral devem ser dominados.

Numa segunda etapa, o foco deve ser de movimentos combinados em dois planos, como a flexão com rotação e a extensão com rotação. O último passo nessa progressão seria combinar os três planos de movimento, flexão/extensão com rotação e flexão lateral.

Dessa forma, conseguimos controlar e fortalecer cada movimento para depois progredirmos para algo mais desafiante, protegendo a coluna e o tronco de qualquer problema que possa ocorrer. Quando pensamos nesse esporte, costumamos observar muito os membros superiores, dando pouca importância aos membros inferiores. Ao pararmos para analisar o corpo humano, podemos perceber que as pernas têm músculos maiores e mais fortes do que os braços.

Existe uma razão para isso acontecer, as pernas foram feitas para suportar muito mais peso do que os braços. Portanto, estruturas maiores e mais robustas são encontradas nos membros inferiores. Na escalada, é um erro muito comum pensarmos que todo o peso deve ser suportado pelos membros superiores. Os membros inferiores aqui também devem ser capazes de suportar uma boa parte do peso.

Como os apoios costumam ser pequenos e em posições não tão fáceis de alcançar, a pelve, os quadris, joelhos, tornozelos e pés devem ser ágeis e flexíveis o suficiente para permitir a mobilidade e os movimentos necessários para alcançá-los. Portanto, um trabalho de mobilidade e fortalecimento dessa parte do corpo é fundamental.

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A pelve deve ser móvel o suficiente para permitir que o quadril alcance uma amplitude grande. Ao mesmo tempo em que o quadril deve ser flexível em todos os movimentos, ele deve também ser forte.

Muitas vezes colocamos o quadril em posições extremas, como uma flexão com rotação medial, e, a partir dessa posição, o praticante deve ser capaz de estender, carregando todo o seu peso no quadril para poder chegar ao próximo apoio. Se você está em casa tentando fazer essa manobra, deve ter percebido o quão difícil é exercer essa força toda nessa posição. Agora imagine que você está pendurado numa parede, com o apoio das mãos e tem que fazer essa força toda estando na ponta dos pés. Meio complicado, não é?

Pois então, aqui entramos com o trabalho de pernas que promovemos em todos os equipamentos. No Pilates sempre buscamos o trabalho equilibrado, em todos os planos e posições possíveis. Com o quadril não é diferente. Nesse caso, seria interessante trabalharmos o quadril na posição paralela, e nas rotações lateral e medial, alternando o suporte dos pés, na parte anterior, posterior, medial e lateral.

Na escalada, costumamos usar sapatilhas bem apertadas, para aumentar a sensibilidade e força dos pés quando estiverem nos apoios. Essa mesma variedade de posições dos pés que trabalhamos nas sessões de Pilates também faz com que este fique um pouco mais livre e solto, trabalhando não só a musculatura intrínseca, mas também permitindo que o sangue flua e as articulações respirem.

Os joelhos também são obrigados a suportar uma carga razoável, pois estes também trabalham em amplitudes extremas. Novamente quanto maior for a variedade de posições de trabalho, melhor será o resultado. Por ser uma região com alta incidência de lesões, todo cuidado é pouco. Deve-se trabalhar com muito controle pela amplitude toda, trabalhando o alinhamento patelar com a ação do quadríceps.

Fabio Brasiliense Fernandes
Treinador STOTT PILATES
CREF: 081874-G/SP

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