Criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates no período da 1.ª Guerra Mundial, o pilates chegou ao Brasil na década de 1990. Até por conta da sua origem, a atividade no início foi atrelada à eficiência no processo de recuperação de lesões e outras enfermidades.
De lá para cá, evoluiu, apresentou outras facetas, conquistou seu espaço e, atualmente, demonstra ser uma atividade praticada por crianças até idosos.
Com tamanha versatilidade, a modalidade atraiu até mesmo atletas de high performance, beneficiados com a prevenção e recuperação de lesões, assim como com o aprimoramento físico e técnico.
“O cenário mudou. Atualmente encontramos pessoas em busca dos estúdios para recuperação e reabilitação e melhor qualidade de vida”, explica João Carlos Martins, CEO da MetaLife, maior fábrica de aparelhos de pilates da América Latina e a segunda maior do mundo em capacidade de produção.
Provas do dinamismo e eficiência da atividade podem ser encontradas em diversas equipes nacionais. “(No futebol), a MetaLife hoje é exclusiva do Corinthians. Estamos também na seleção brasileira de vôlei, tanto em Saquarema quanto em Barueri, onde temos nossas unidades dando suporte. Apostamos muito nisso.”
Mercado agregador
A empresa sempre acreditou no potencial do pilates na área esportiva. Tanto que a MetaLife participou pela 15.ª vez do Fitness Brasil, o maior evento de fitness, esporte, saúde e bem-estar do País, realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, entre os dias 16 e 19 de agosto.
Tradicionalmente, as empresas do setor costumam marcar presença apenas em eventos relacionados com a área de saúde. Mas, até por ser uma referência no mercado, a MetaLife sempre acreditou no potencial da atividade também na área fitness.
Aliás, esses fatores caminham lado a lado desde a criação da companhia, há 19 anos. No início, a ideia era trabalhar com camas hospitalares. Entretanto, a cirurgia de um tenista brasileiro realizada na França mudou o cenário.
Durante o processo de recuperação no Brasil, a fisioterapia precisou de uma solução para o tracionamento. “Quando fizemos essa adaptação, percebemos que isso era pilates. Aí fomos nos enfronhar nisso e construímos nossa história”, destaca Martins.
Esse posicionamento no ramo fitness, claro, não significa uma mudança de ares. Muito pelo contrário! De forma diversa, a atividade “abraça” os diferentes públicos, atendendo a todos os objetivos.
“É importante não esquecer as origens. Hoje recebemos as novas adesões, mas não esquecendo aqueles que precisam do pilates”, destaca Martins, ressaltando assim o valor do método para a área de saúde e reabilitação.
Atual cenário
Com 19 anos de história, a MetaLife tem propriedade para avaliar o desenvolvimento da atividade no País. Afinal, mais de 38 mil dos cerca de 55 mil estúdios de pilates existentes no Brasil utilizam os aparelhos produzidos pela marca.
“A evolução da empresa ocorreu com base em erros e acertos de decisões que tomamos durante o tempo, permitindo hoje alcançar esse share”, explica o CEO da empresa.
Para alcançar os resultados, a empresa também atuou na divulgação e na disseminação da atividade, ajudando na apresentação dos benefícios do pilates para os brasileiros. “Ninguém tinha o alcance que a MetaLife conseguiu.”
Essa abrangência permitiu atrair praticantes para a modalidade, que conheceram os benefícios e começaram a replicá-los. “Antes era uma coisa específica, um trabalho complementar, indicado por um médico, para uma reabilitação”, lembra.
Hoje, o cenário é diferente, com o método atuando como uma realidade tanto na área de saúde quanto no segmento esportivo.
Entre os exemplos existentes, é importante recordar a importância do fisioterapeuta e, consequentemente, do pilates na recente pandemia.
Em um primeiro momento, esses profissionais atuaram diretamente nos hospitais contribuindo para salvar a vidas. Na sequência, eles aplicaram seus conhecimentos na reabilitação das pessoas. “Isso demonstra uma parte ativa e atuante de como o fisioterapeuta usando o pilates consegue resultados espetaculares.”
Crescimento da atividade
Com o crescimento demonstrado nos últimos anos, hoje o pilates também se tornou relevante em dois outros contextos, abrindo novos caminhos para os profissionais que atuam na área.
Entre eles, o trabalho com as crianças. Em uma geração digital, a atividade se transformou em uma ferramenta valiosa para desenvolver habilidades, contribuindo para a coordenação motora e o bem-estar.
Na outra ponta estão os mais velhos, que entendem a importância da atividade física para a conquista da desejada qualidade de vida. Este grupo encontrou no pilates a atividade perfeita para exercitar o corpo, respeitando possíveis limitações.
“A minha mãe completará 90 anos e pratica pilates. Basta observar a felicidade dela quando volta do estúdio para entender como isso está colaborando para sua longevidade.”
Objetivos
Para Martins, ver o desenvolvimento do pilates se transforma em algo prazeroso e satisfatório, porque permite contribuir diretamente com a conquista da qualidade de vida da população.
Com o propósito de levar esses benefícios para uma parcela cada vez maior da sociedade, ele diz que o próximo passo é disseminar o pilates para a classe média, conquistando assim um maior número de praticantes.
Dessa forma, ele avalia que o segmento tem muito para crescer. “Sou muito otimista. E acredito que precisamos trabalhar com números. Em um País com aproximadamente 210 milhões de habitantes, você tem apenas 2 milhões de usuários de aulas de pilates, o que demonstra um potencial gigantesco para o crescimento.”
Para complementar sua análise, Martins recorda que a modalidade hoje está mais atuante nas classes A e B. “Elas representam de 7% a 12% da população. Então, só aqui estamos falando em aproximadamente 22 milhões de pessoas ou mais”, finaliza o CEO da MetaLife.
No final, todos aproveitam uma vida mais saudável e com qualidade, independentemente dos objetivos ou da idade.