Se no início era muito segmentado, atualmente o mercado de pilates apresenta uma maturidade significativa. Com isso, demonstra um grande potencial para o crescimento, reservando oportunidades diferenciadas para os profissionais da área, sejam eles fisioterapeutas, educadores físicos ou, atualmente, enfermeiros.
Essa é a análise de Paulo Di Bernardi, CFO da MetaLife, maior fabricante de aparelhos de pilates da América Latina. “Estimamos uma capacidade de expansão de até cinco vezes”, destaca.
Dessa forma, o mercado se encontra em um momento importante para quem busca por boas oportunidades, tanto na área de saúde quanto, até mesmo, no segmento esportivo.
Recentemente, esse potencial do setor foi comprovado durante o Fitness Brasil, o maior evento de fitness, esporte, saúde e bem-estar do País, realizado entre os dias 16 e 19 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Na ocasião, a MetaLife apresentou para o setor os benefícios e diferenciais de contar com equipamentos desenvolvidos com grande qualidade, independentemente da proposta de atuação, com produtos para as linhas clássica e contemporânea.
Além disso, é preciso destacar também a W23 Eco, uma linha premium. “Ela vem nessa demanda de diferenciação, para estúdios conceituais, com uma estética diferente”, destaca Bernardi.
Crescimento do pilates no Brasil
Para entender o atual momento do pilates e identificar as oportunidades, é preciso primeiro conhecer como o segmento se desenvolveu nos últimos anos.
De acordo com o CFO da MetaLife, o pilates não era muito conhecido quando a empresa iniciou as atividades, há 19 anos. “Tanto que uma das primeiras coisas foi criar um canal de informações, que é a Revista Pilates. Com isso, trouxemos informações de outros países, sobre como usar os equipamentos, as origens, o que era.”
Com essa base de informações, Bernardi acredita que o setor identificou o potencial da atividade e, consequentemente, começou a crescer.
“Certamente, o primeiro desafio foi a falta de conhecimento dos profissionais e dos praticantes. Depois, surgiram os desafios internos, com a expansão da empresa, onde construímos uma estrutura para um mercado latente, que tinha muito para crescer.”
Atualmente, Bernardi afirma que existe um mercado consciente sobre o potencial do pilates. “Não precisamos mais explicar o que é, mas as formas de montar um estúdio, como as pessoas podem trabalhar.”
Tendências
Com a atual maturidade do mercado, o “leque de opções” se abre, com propostas diferenciadas, buscando na segmentação uma forma de conquistar os praticantes. “Hoje o mercado procura diferenciação, com a pessoa buscando fazer um nicho dentro do pilates”, destaca o CFO da MetaLife.
Nesse caminho, é possível identificar algumas tendências. Entre elas estão os estúdios que se demonstram especializados em atender determinados grupos, como aulas para crianças ou para gestantes, o que requer conhecimento. “Temos uma situação muito privilegiada no País, pois os profissionais aqui têm uma noção grande de biomecânica.”
Outra tendência são as atividades em grupo, seguindo uma linha já explorada nos Estados Unidos. “Vemos redes de academias investindo. Tentamos fazer acontecer isso há cinco anos e agora os grandes grupos estão começando a engatinhar nessa área.”
Apesar disso, Bernardi afirma que cerca de 80% do mercado ainda é formado por estúdios padrões, com 1 ou 2 jogos completos de equipamentos, trabalhando com 3 pessoas na sala por aula.
Para esse público, ele acredita que a tendência é a segmentação, com aulas direcionadas para cada público. “Sentimos que o momento do mercado é da especialização, com o profissional encontrando um nicho dentro do pilates.”
Por se tratar de um mercado parcialmente explorado, essa tendência apresenta potencial de crescimento, em áreas que ainda podem ser exploradas pelos profissionais da saúde e do fitness. Quer outro exemplo? A interligação do pilates com um trabalho de estética, fórmula já encontrada em alguns estúdios brasileiros.
Expansão no Brasil e no mundo
Segundo o CFO da MetaLife, o Brasil hoje é o maior mercado profissional de pilates no mundo. “Não tem um país com uma quantidade de pequenos estúdios e profissionais trabalhando na área como encontramos por aqui. Nos Estados Unidos, por exemplo, a quantidade de estúdios é menor, com menos profissionais trabalhando em grupo.”
Com isso, Bernardi diz que a forma como o setor foi concebido por aqui torna o Brasil o maior mercado do mundo para o pilates. Mesmo com todo o desenvolvimento, o especialista identifica um grande potencial para o crescimento. “Seguimos avançando. Atualmente, o clássico está retornando ao Brasil, com novas oportunidades além do contemporâneo.”
Além do País, outros mercados estão em crescimento, como Austrália e México. Já na América Latina, Bernardi traz outros destaques. “O Uruguai está avançando um pouco. Já o Chile é um mercado que conhece muito e tem uma densidade maior de estúdios.”
“É muito bom isso. A gente visualiza hoje um mercado realmente preparando uma sociedade mais saudável com o auxílio do pilates”, finaliza o CFO da MetaLife.