Um desafio bastante presente no dia a dia dos proprietários de estúdios é formar uma equipe de sucesso, pois depende de alguns fatores desde a contratação, treinamento, até o relacionamento cotidiano. Confira nossas recomendações!
Primeiramente, na hora de contratar, dê mais importância às soft skills (habilidades comportamentais) do que às hard skills (habilidades técnicas), pois a primeira não é facilmente moldável.
A segunda, com tempo e dedicação das duas partes, pode ser aprendida. Ou seja, currículo não é tudo. Mas claro, não estamos subestimando a presença da boa base técnica.
Aqui no Studio, as profissionais contratadas passaram por 3 etapas seletivas que consideramos um bom caminho:
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análise de currículo. Dentre as exigências consta pelo menos uma curta experiência na área, ou um histórico da graduação voltado para esse interesse – estágios, por exemplo e, claro, ter formação em Pilates. Embora seja óbvia a necessidade desse pré-requisito, tem muitos instrutores por aí sem curso na área;
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entrevista teórica (análise das soft skills com algumas perguntas norteadoras);
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entrevista prática (dar uma aula). Nessa etapa, são avaliadas as noções básicas de estruturação de aula, coerência dos exercícios com o caso clínicofictício e adequação aos princípios do método). E, segunda sub etapa, ser instruída por nós (avaliação da consciência corporal e repertório motor).
Ainda durante o processo seletivo, é importante que você descubra se os princípios da empresa estão alinhados com o perfil do candidato, pois desse modo ele estará mais inclinado a se comprometer com a visão do seu empreendimento.
Após a contratação, é essencial criar vínculo com a equipe, incentivar, encorajar, valorizar as qualidades, comemorar as conquistas, além de, quando necessário, mostrar, com honestidade, bom senso e uma comunicação aberta os pontos a serem melhorados. Para isso ser possível, o(a) mentor(a) desse colaborador precisa estar disponível para esclarecer as dúvidas; dar feedbacks frequentes; fazer muitas perguntas e não só entregar as respostas; dar condições favoráveis para esse desenvolvimento, como por exemplo, orientar atualizações na área.
Para manter o engajamento do colaborador com as metas da empresa, é importante que ele se sinta parte; portanto, ações integrativas tanto no caminho (como, por exemplo, pedir a opinião da equipe nas decisões pertinentes a ela), quanto na chegada (celebrar juntos as conquistas) são importantes.
Em relação ao aspecto técnico é importante pontuar: cada instrutora tem seu estilo e pode dar seu toque pessoal na aula, mas, no geral, as aulas precisam ser homogêneas. Afinal, fazem parte de uma metodologia. Para alcançar essa homogeneidade você pode lançar mão de algumas estratégias, tais como realização de treinamento conjunto de todas as instrutoras, pelo menos uma vez por semana e, estimulá-las a serem alunas das colegas sempre que possível. Por exemplo, se uma instrutora está sem paciente em um horário e sobrou vaga na aula da outra é uma oportunidade de troca de experiência! Além de uniformizar a metodologia, também auxilia no repertório de todas e favorece o aprimoramento por conta das sugestões com as quais cada uma pode contribuir.
Por fim, também é essencial estabelecer processos pra cada área do seu negócio, desde aula experimental até situações de quebra de contrato. Se houver um passo a passo detalhado e bem estabelecido, você consegue transmitir pra sua equipe e quando bem treinada, ela replica no cotidiano.
As sugestões aqui apresentadas com certeza diminuirão as possibilidades de ocorrência de falhas na sua equipe e favorecerão o sucesso de todos os envolvidos.
Boa sorte, bom trabalho!
Por Jully Felici e Isabele Leonel – FourFisio Pilates.