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Coluna FourFisio Pilates: 8 Erros comuns do instrutor recém-formado

Todo profissional em início de carreira apresenta “falhas” nos primeiros atendimentos. Isso porque, o medo, o desespero, a ansiedade e até mesmo a desatenção são fatores que interferem no desempenho. 

Você já deve ter conversado com algum colega que mencionou frases semelhantes a essa: “Ah se eu voltasse naquela fase inicial da minha carreira, com a maturidade que tenho hoje…”, não é mesmo? 

Infelizmente esse desejo é irrealizável, por outro, felizmente são as experiências vividas que te levam para a “próxima fase” com mais maturidade. Mas estamos aqui pra encurtar o caminho pra você, instrutor de Pilates recém-formado. Como? Aprendendo com os nossos erros.  

Cometer erros é normal e isso vai acontecer em algum momento, mas acreditamos que ao citarmos alguns já cometidos por nós mesmos ou relatados por colegas de profissão, podemos evitar que se repitam e contribuir para que você se desenvolva e seja assertivo.  

  

Exercícios sem propósito 

Passar uma diversidade de exercícios desconexos um com o outro e incoerentes com a necessidade do seu paciente pode prejudicar a evolução do caso. Esses erros normalmente acontecem por dois fatores:         

  1.  Quando não temos experiência e ainda não programamos a aula. (não estamos dizendo pra você fazer um roteiro engessado da sua sessão; apenas para organizar uma sequência lógica de exercícios com níveis progressivos de dificuldade, aproveitando os decúbitos e com movimentos que sejam indicados para o paciente).    
  1. Quando nos preocupamos demais com a diversificação da aula, por pensarmos que o paciente está “enjoado” de fazer os mesmos exercícios. E, afirmamos pra você: normalmente, esse incômodo é mais nosso do que deles. Se você nos acompanha em nossas redes sociais, sabe que incentivamos os instrutores a passarem sequências criativas para os seus pacientes; contudo, acima disso deve estar a responsabilidade do profissional em instruir uma aula coerente com a capacidade do paciente e que entregue os resultados esperados.  

 

Falta de individualização nos tratamentos 

O clichê permanece: não existe receita de bolo. O diagnóstico de uma patologia crônica é apenas o resultado de disfunções acumuladas ao longo do tempo, e são nelas que você deve focar. Do que o seu paciente precisa? Isso pode variar em pessoas com o mesmo diagnóstico e também na mesma pessoa em períodos diferentes. 

Portanto, use a avaliação continuada e dinâmica, ou seja, toda aula é uma oportunidade de o instrutor reanalisar como está o desenvolvimento do seu paciente e sempre durante o movimento. Afinal, é por meio dele que você vai ajudá-lo.  

 

Informações em excesso 

Apesar de você querer o melhor para o seu paciente e ter se capacitado para isso, a linha entre mostrar que sabe e sobrecarregar seu paciente com excesso de informações é tênue. Por exemplo, cobrar a execução perfeita e todos os fundamentos do método ao mesmo tempo pode dificultar sua conexão com o paciente e deixá-lo frustrado. Portanto, corrija com bom senso e evite usar muitas palavras técnicas. 

Outro erro comum que podemos incluir nessa seção é contar toda a história do Pilates na primeira aula. Nós também adoramos tudo que envolve o Pilates, achamos a jornada de Joseph inspiradora e acreditamos muito nos fundamentos do método; entretanto, são poucos os pacientes que têm interesse na teoria e na história.  

Então, use o tempo da primeira sessão com sabedoria. Você pode, por exemplo, mencionar que o criador do método foi um grande mestre, à frente do seu tempo; que preconizava alguns fundamentos essenciais para a prática do Pilates, e dizer que, ao longo das aulas, você os apresentará ao paciente. E, por ora, se ater a um deles: a concentração, por exemplo.  Isso facilitará o processo de ambientação e sobrará mais tempo para você focar no mais importante: fazê-lo sentir, na prática, os benefícios do Pilates e sair melhor do que chegou.  

 

Avaliação estática 

Aqui no Studio chamamos a primeira aula de aula avaliativa. O propósito é que o paciente avalie se ele gostou da experiência no nosso serviço, do ambiente; se identificou-se com a professora, mas também para que o instrutor avalie como o paciente se movimenta, suas compensações, dificuldades e potenciais. Acreditamos que dessa forma o tratamento será melhor direcionado, do que se apenas avaliá-lo estaticamente. Afinal, a avaliação estática é como uma foto: nem sempre representa a realidade e seu contexto.  

 

Demonstrar todos os exercícios 

Vamos apresentar algumas razões de porquê eliminamos esse hábito: 

As interrupções para demonstração quebram a fluidez da aula, gastam mais tempo, cansam mais o instrutor e, considerando a pandemia, ainda dificultam a higienização das superfícies de contato. Além disso, quando você demonstra, está estimulando o paciente a te copiar, e não “encontrar os caminhos” do movimento por ele mesmo. 

Deixe esse recurso pra quando for realmente necessário, quando, por exemplo, for instruir um movimento novo, que a pessoa tenha capacidade de executar, porém está levemente insegura, ou quando você já investiu muito tempo na explicação teórica, mas ainda não foi bem compreendido. Caso contrário, procure guiá-la pelo comando tátil e verbal. Inclusive, o último é a chave para melhorar muito a qualidade da sua aula. Mas isso é assunto para outro momento.  

  

Não praticar 

Infelizmente, ser uma instrutora que pratica regularmente é quase um diferencial hoje em dia. (Praticar só quando o paciente falta não conta, certo?). Com muitas aulas seguidas, associadas à agenda pessoal, e principalmente se você também é gestora, é compreensível ter dificuldade de conseguir um tempinho para sua aula. Mas, deixar de praticar pode atrasar muito o seu desenvolvimento como instrutora, sobretudo se não tem muita experiência com o repertório do método.  

Isso porque, como todo treino, quanto mais você repete, melhor fica. Ao executar os movimentos, você sentirá o que o seu paciente sente e pode verificar se os objetivos com aquele exercício planejado realmente serão alcançados. Além disso, melhora muito a sua voz de comando, pois literalmente, você sabe do que está falando.   

 

Medo do diagnóstico 

O paciente veio com um laudo de exame assustador e com várias restrições? Lembre-se do que comentamos acima: ele não é só um exame ou uma foto, e esta, nem sempre condiz com a realidade. Lembre-se: uma disfunção normalmente é multifatorial, então capriche na anamnese e na avaliação dinâmica. Aos poucos, o corpo dele e sua expertise te mostrarão os limites. O estado clínico é soberano para guiar o tratamento. 

 

Não ter autoridade na aula  

Alguns exemplos que podem ser citados: deixar o paciente fazer o que quer, da forma que quer, e também não ser firme com o regulamento (salvo exceções por bom senso). 

Essas situações podem acontecer com os profissionais recentes na área, por insegurança de se imporem. A falsa impressão de que ser mais permissivo agrada o paciente pode prejudicar a credibilidade do profissional. Se você se capacitou para estar ali, você é autoridade e sabe o que é melhor pra ele. 

 

Desejamos sucesso!

Esperamos que essas sugestões sejam valiosas na sua caminhada e que, se for útil pra você, coloque-as em prática na primeira oportunidade!  

 

Por Jully Felici e Isabele LeonelFourFisio Pilates

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